28/11/2016

S01E07 - DESCOBRINDO AS MELHORAS

Como atravessar uma fronteira de um país, em que se percebem as mudanças, o asfalto da estrada, os tipos de construção, como a paisagem foi modificada pela ação humana, o idioma nos outdoors, mesmo que você ainda não entenda, assim foi quando cruzei a fronteira para o Mundo Vegano, rapidamente verifiquei as diferenças entre o que havia deixado pra trás e o novo mundo, rapidamente verifiquei as mudanças.

A primeira mudança que senti foi depois do almoço. Quando comia meu adorado arroz e feijão acompanhado por qualquer tipo de carne, das mais pesada para a mais leve, não importava, sentia-me pesado com sonolência, querendo ficar horas dormindo, mas ao experimentar a alimentação vegetariana, senti-me leve, disposto e a sesta era mais por prazer do que por necessidade.

Estava em uma fase que havia engordado muito, em meses havia engordado vinte quilos. Passei anos tentando perder os quilos, fiz academia, procurava fazer as dietas tradicionais e nada, continuava com o mesmo peso e as vezes até engordando. Mas com a alimentação vegetariana, fazendo o que costumava a fazer percebi em pouco tempo uma perda de peso, e os vinte quilos, em questão de tempo ia se perder.

Outra mudança que percebi foi na percepção que tinha do mundo, da nossa relação com a natureza, com os animais, como tratamos os animais e nos julgamos maiores que eles, a quem damos uma condição horrível de vida, para que sejam frutos de nossa alimentação e para que sirvam de cobaias para nossos produtos de higiene, limpeza, cosméticos, medicamentos e tantos outros.

Mas, para continuar experimentando essas mudanças e as boas sensações do mundo vegano, deve-se observar a composição dos produtos, quem são os fabricantes dos produtos, deve-se ir com todo cuidado.

Continua - Go Vegan!!!

os dados/informações aqui descritos são apenas uma introdução, não sendo científicos ou profissionais. Torna-se importante o estudo aprofundado e a consulta de profissionais para maior conhecimento.

Créditos
Texto - Luiz no Mundo Vegano
Revisão - Lou

21/11/2016

S01E06 - BUSCANDO O LEITE IDEAL

A alimentação do vegano é o vegetarianismo estrito, ou seja, uma alimentação que além de não conter carne, não pode haver nenhum alimento de origem animal. Assim, o desafio continuava, pois mais difícil para nós do que deixar o consumo de carne, era deixar o consumo do leite.

Apesar de eu nunca ser fã de leite, gostava de um cafezinho com leite condensado, um brigadeiro, bolo, molho branco, e é claro o queijo. Nesta empreitada estava a Lou, que além de também de gostar de toda essa comida, adorava leite, tanto é que tínhamos que comprar uma caixa de leite para cada um dia do mês.

Na busca do vegetarianismo estrito, tínhamos agora um grande desafio: encontrar o leite ideal. É claro que ainda estamos em transição entre as alimentações, e não precisávamos correr nesse sentido, mas na medida que estudávamos sobre o vegetarianismo descobríamos várias informações sobre o leite de origem animal, como por exemplo:

Os malefícios do leite
Cerca de 75% de pessoas no mundo não produzem a enzima lactase, que é necessária para digerir a lactose do alimento;
O leite é formador de muco, por isso, o seu consumo é desaconselhável durante resfriados e gripes;
Contém gordura saturada, contribuindo para o aumento de peso e do colesterol;
Pode causar alergias em algumas pessoas;
Para aumentar a produção, as vacas tomam hormônios do crescimento e antibióticos que acabam no leite. Além disso, o processo de pasteurização, ao mesmo tempo em que elimina bactérias nocivas, acaba também com parte das propriedades nutritivas da bebida;
O consumo deste alimento pode agravar os sintomas da artrite, da artrose, da bronquite e da rinite (http://www.remedio-caseiro.com/beneficios-e-maleficios-do-leite/)


Além do maléfico a saúde humano, existem problemas éticos ao consumir leite, pois apesar da extração do leite não provocar aparentemente morte de nenhum animal, tudo que envolve a produção do leite envolve sofrimento animal, como pode ser visto no texto a seguir:

Para produzir leite, é necessário que uma vaca dê a luz, como todo e qualquer mamífero e, isto, uma vez ao ano. É aí que as coisas começam a se complicar: se os produtores deixarem os bezerros mamar, a vaca controlará e freiará a descida do leite; prejudicando a produtividade. Então, o bezerro é retirado da mãe logo alguns dias depois de seu nascimento. Você já pensou
no traumatismo que é inflingido á vaca, cuja ligação ao filhote não podemos negar?
Se for um bezerro fêmea, esta irá se juntar ás outras vacas leiteiras. Sua primeira gravidez acontecerá quando ela tiver cerca de 2 anos; ela será novamente fecundada 3 meses após cada parto (através de inseminação artificial em cerca de 65 a 75% dos casos), a vaca será mantida em ordenha durante pelo menos 7 meses ao ano e o produtor continuará a ordenha-la mesmo enquanto ela estiver grávida.
Por outro lado, se o bezerro for macho, seu destino dependerá da qualidade de sua carne. Se seu potencial em carnes for pobre, ele terminará virando patê para cachorros e uma parte de seu estômago será usada para fabricar o coalho destinado á fabricação de queijos. A quase totalidade dos queijos que encontramos no mercado contém carne animal (queijo= carne branca).
Se o produtor desejar produzir carne vermelha, o bezerro será enviado a unidades de engorda intensiva onde será super alimentado com cereais e mantido em um local estreito para evitar que ocorra a mínima perda de peso. Outros animais (cerca de 2 milhões de bezerros) serão enviados para criações industriais, confinados em boxes individuais que os privam de todo contato com seus congêneres e os impedem até mesmo de deitarem-se corretamente. Saiba que 90% deste tipo de confinamento é feito em locais fechados contra 10% de criadouros ao ar livre. (http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=381&Itemid=33)


Para um vegetariano  estrito é possível encontrar uma grande variedade de leite, o melhor, pode-se ser feito em casa com apenas dois insumos - vegetal e água. Em apenas minutos pode-se ter o leite que quiser apenas batendo no liquidificador o vegetal (arroz, soja, qualquer tipo de castanha, etc.), e depois coar. Pronto! O leite está pronto!!! O melhor, pode-se utilizar a parte sólida do que foi coado para fazer outros alimentos.

Apesar de haver no mercado vários leites vegetais industrializados, onde moramos ou é caro, como o leite de arroz, ou é o de soja, que como já falei, apesar dos seus benefícios, o largo consumo de soja é prejudicial. Sem contar que  em todo leite de soja é adicionado aromatizante de baunilha. Então preferimos fazer nosso próprio leite.

Fizemos várias experiências, leite de arroz, leite aveia, inclusive leite condensado de aveia, leite de castanha de caju, leite amendoim e leite amêndoas. O último é meu melhor, mas é muito oneroso comprar amêndoas onde moro, assim passamos pro segundo mais gostoso leite vegetal que já experimentei: o leite de amendoim.

Assim, aos poucos, fomos substituindo o leite em nossa alimentação, e com essas pequenas mudanças em nosso hábito alimentar, já foi possível descobrir melhorias.
Continua - Go Vegan!!!

os dados/informações descritos neste post são apenas uma introdução, não tendo bases científicas ou profissionais. Torna-se importante o estudo aprofundado e a consulta de profissionais para maior conhecimento.

Créditos
Texto - Luiz no Mundo Vegano
Revisão - Lou

15/11/2016

S01E05 - ESTUDANDO O AMBIENTE

Optar pela alimentação vegetariana exige não só determinação em romper com os hábitos ensinados e inseridos no dia-a-dia desda infância, mas também exige que se estude os nutrientes e vitaminas que fazem parte de cada alimento.

Não que se deva ser um profissional na área, um nutricionista, mas é importante pesquisar em livros, em artigos científicos, em sites especializados, em grupos de redes sociais e, quem tiver condições financeiras, procurar orientação profissional, isto porque se deve repor os nutrientes e as vitaminas não consumidas com a retirada de leite, ovo, mel, carne e outros alimentos de origem animal.

A Lou sempre encabeçou os estudos, sempre procurou artigos científicos e entrou em diversos grupos no Facebook de vegetarianos e veganos, onde eram compartilhadas receitas de comida, receitas de como fazer bolo sem usar ovo, receita de omelete vegano, receita de maionese, além de informação dos nutrientes e vitaminas encontadas nos vegetais e de quais os cuidados devemos ter pra uma alimentação saudável.

Eu também me preocupava, primeiro pois ainda tinha receio do novo hábito alimentar da minha esposa, depois por participar dessa alimentação na maior parte do tempo. Como falei antes de começar no vegetarianismo achava que as pessoas desta alimentação eram "fracas", então para sanar minhas dúvidas procurei em diversos sites especializados sobre alimentação vegetariana e tinha até um hábito com a Lou: quando pensávamos em um alimento, por exemplo cenoura, buscávamos seus nutrientes e benefícios a saúde: 

"a cenoura é considerada um alimento altamente nutritivo por conter excelentes quantidades de vitamina A (β- caroteno), que é uma vitamina importantíssima para o ser humano. Esta vitamina é eficaz em combater os radicais livres, pois atua como antioxidante, como também protege a visão, evitando o parecimento de doenças como a cegueira noturna e axeroftalmia. Além de ser rica em vitamina A, a cenoura também contêm boas doses de vitamina C, K, minerais como opotássio, fibras dietéticas e é um alimento de baixa caloria, 100g oferecem cerca de 50 kcal (http://www.infoescola.com/plantas/cenoura/)".

Entre as diversas pesquisas e conversas com a Lou descobri que o que eu pensava por muito tempo, "um prato de comida balanceado deve conter carboidrato, verdura e carne", não era verdade. Uma alimentação vegetariana também é rica, na verdade mais rica e mais saudável que aquela com base em alimentos de origem animal.

Os alimentos de origem animal apesar de possuírem proteína, ferro, cálcio, dentre outras boas substâncias, são carregados de hormônios e muitas vezes os malefícios que carregam acabam por anular seus benefícios, inclusive sendo nocivos a saúde.

Descobri também que a alimentação vegetariana pode ser divida em quatro grupos de alimentos: os legumes (tomate, pepino, brócolis, etc.), os cereais (arroz, milho, quinoa, etc.), grãos  (feijão, soja, grão de bica, etc.) e as nozes (castanha do pará, castanha de caju, amendoim, etc.).

Apesar da sua riqueza e variedade, a alimentação vegetariana é pobre em B12, "cobalamina (ou cianocobalamina), tem as seguintes funções no nosso organismoNecessária à eritropoiese, e em parte dometabolismo dos aminoácidos e dos ácidos nucleicosPossui uma função indispensável na formação do sangue; Previne problemas cardíacos e derrame cerebralNecessária para uma boa manutenção do sistema nervoso (https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vitamina_B12)."

Ainda assim a alimentação vegetariana ainda é mais rica, juntando  só arroz e feijão em uma refeição tem-se nutrientes suficientes para não necessitarmos da ingestão de nenhum tipo de carne. 

Desta forma,  não dependíamos só de um bom prato de salada e soja, mas tínhamos a nossa disposição uma diversidade de alimentos ricos em nutrientes, e com nossa criatividade não estávamos presos ao tédio, mas estávamos livres a experiência de diversos sabores sem precisar da crueldade animal.

Mas o desafio em substituir a alimentação com base alimentos de origem animal para a vegetariana esbarra em uma grande barreira: o leite e seus derivados!


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os dados/informações descritos neste post são apenas uma introdução, não tendo bases científicas ou profissionais. Torna-se importante o estudo aprofundado e a consulta de profissionais para maior conhecimento.

Créditos
Texto - Luiz no Mundo Vegano
Revisão - Lou

08/11/2016

S01E04 - NA CIDADE DA SOJA

A primeira referência que temos sobre vegetarianismo é um prato cheio de salada e bastante SOJA!!! Claro que era isso que pensava no início, isso também se deveu ao fato de quando fomos ao supermercado abastecer nossa dispensa, o principal alimento que procuramos foi a SOJA: proteína de soja (PTS) era nosso foco, mas na memória de Lou, que quando criança havia comido soja, falava muito no grão da soja, parece um feijão de praia, e é relativamente gostoso. Assim começava nossa trajetória na Cidade da Soja.

A soja (Glycine max), é uma planta pertence à família Fabaceae, que compreende plantas como o feijão, a lentilha e a ervilha, também é conhecida como feijão-soja e feijão-chinês, possui origem da China e do Japão, o grão é rico em proteínas, contém sais minerais, como potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre e zinco, fonte de algumas vitaminas do complexo B, como a riboflavina e a niacina, e também em vitamina C (ácido ascórbico), porém é pobre em vitamina A e não contém vitamina D e B12.

É engraçado como a soja e seus derivados está  presente em diversos de nossos alimentos: óleo de soja, queijo (tofu), molho de soja (shoyu), leite de soja, creme de leite, chocolate, proteína de soja, soja em grão, hambúrguer, lecitina de soja, dentre outros. E desse jeito começamos a substituir nossa alimentação de origem animal pela alimentação de origem vegetal, principalmente com o "picadinho de soja" (foto).


No entanto, não poderíamos viver só de soja e um prato de salada, tínhamos que conhecer os outros nutrientes de origem vegetal.

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os dados/informações sobre a soja descritos nesta postagem foram retirados do wikipédia e são apenas uma introdução, não tendo bases científicas ou profissionais. Torna-se importante o estudo aprofundado e a consulta de profissionais para maior conhecimento.

Créditos
Texto - Luiz no Mundo Vegano
Revisão - Lou

03/11/2016

S01E03 - COMEÇANDO UM NOVO CAMINHO

Por incrível que pareça a transição entre a alimentação com carne para alimentação vegana, apesar de longa, não foi tão difícil quanto parecia ser.

Apesar de ter pensado e firmado um compromisso comigo de que - em casa só iremos cozinhar comida vegetariana, como na fronteira entre dois países, Lou ainda se permitia comer peixe, frutos do mar e produtos de origem animal, assim, ainda tínhamos carne em casa.

Lógico para quem era acostumado a comer arroz, feijão, salada e carne todos os dias, comer peixe algumas vezes durante a semana não é a mesma coisa. Mas pra mim não foi assim tão ruim, até porque desde criança sou "viciado" em arroz e feijão.

Quando estava na escola, passava o ultimo tempo pensando nos pratos de arroz e feijão que ia "desfrutar" no almoço. Quando faltava arroz e feijão no almoço ficava chateado e já sabia que ficaria com fome sem ter começado a comer!

Outra vantagem na minha transição foi que comia carne muito mais porque achava necessário, por pensar ser a única fonte de proteína que existia, o certo é que não gostava muito de carne, muito meno sabia que haviam outras fontes de proteínas, proteínas de origem vegetal, como a soja, uma excelente fonte de proteína!

Assim, metros depois de atravessar a fronteira, encontramos a Cidade da Soja!

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os dados/informações descritos neste post são apenas uma introdução, não tendo bases científicas ou profissionais. Torna-se importante o estudo aprofundado e a consulta de profissionais para maior conhecimento.

Créditos
Texto - Luiz no Mundo Vegano
Revisão - Lou