Manhã de terça feira, 1º de abril de 2014, depois de ter ficado a semana anterior acompanhando a localização no site dos Correios, sai, com o status do rastreamento impresso na noite da segunda, em direção ao posto dos Correios que achava que se encontrava o meu pedido.
Chegando lá, após longa espera na fila, fui informado que estava no posto errado e deveria ir a uma outra unidade dos Correios, a frustração e o cansaço logo me bateram, pois na época estava sem carro e teria que traçar, em minha cabeça, todo um trajeto e a melhor parada e o melhor ônibus para pegar. Antes de chegar na parada o céu começou a fechar e eu a me desesperar, e agora o que faço? Um toró estava por vir!
Antes da chuva cai, entrei em um supermercado perto do posto para comprar uma água e, quando sai, a chuva já havia começado. Sai correndo, mesmo de guarda chuva já estava todo molhado, entrei em uma drogaria e lá verifiquei quanto tinha na minha conta e pedi um táxi, que me levou direto a unidade dos Correios na qual pude resgatar minha encomenda, meu Mandiokeijo!
Essa aventura havia começado uns dois meses antes, quando Lou, interagindo no facebook, descobriu a existência desse queijo feito a base de mandioca e vendido em forma de um pó natural e instantâneo, que ao se acrescentar água e óleo transforma-se em uma solução vegetal tipo queijo mussarela. Ficamos maravilhados com a idéia e doidos para adquiri-lo. Colocamos no Google o nome mandiokeijo e logo uma das primeiras páginas que apareceram foi a http://www.mandiokejo.com.br/ . Visitamos a loja virtual, analisamos nossas finanças e fomos presenteados pela minha mãe com 2kg de Mandiokeijo.
Durante um mês, o nosso Mandiokeijo teve sua aventura particular antes de ser resgatado. Saiu da unidade dos Correios, foi até o meu endereço residencial, e os carteiros não encontraram ninguém para recebê-lo, assim, levaram-no novamente. Na época, tínhamos que ficar bem atentos com as correspondências que chegavam, caso contrário as encomendas retornavam, e quase aconteceu isso com o nosso Mandiokeijo, mas como havia demorado tanto tempo para chegar em casa, verificamos a localização no site dos correios e conseguimos resgatá-lo.
Depois de tanto esperar, e de estar todo encharcado da chuva, cheguei em casa com o tão esperado Mandiokeijo, mostrei pra Lou que abriu um sorrisão e logo foi tratando de verificar as instruções de como utilizá-lo. E naquele dia fizemos um preparo do queijo que usamos para fazer nosso almoço e guardamos o que sobrou para passar no pão.
A minha expectativa era que após misturá-lo com água e óleo o Mandiokeijo tivesse aparência de um mussarela vendido nos supermercados, mas o queijo formado não era firme, mas sim pastoso, porém gostoso, e com gosto de queijo, uma excelente alternativa à época para os queijos de origem animal, que como falei na temporada passada, Buscando o Leite Ideal, a fabricação do leite e consequentemente do queijo de origem animal é muito cruel para os animais, como pode se ler a seguir:
A coagulação do leite é uma das partes mais importantes na produção do queijo. “O coalho é constituído por duas enzimas, a quimosina (80%) e a pepsina (20%). Além da propriedade coagulante, o coalho possui ainda propriedades proteolíticas, atuando sobre a maturação do queijo”, ensina Maricê Nogueira de Oliveira, professora do departamento de tecnologia Bioquímico-farmacêutica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Existem vários tipos de coalho para a fabricação de queijos. O mais utilizado é o de origem animal (enzimas digestivas de vitelo, cabrito ou cordeiro). [...] enzima quimosina é retirada do estômago de bezerros recém nascidos. “Atualmente, devido á alta demanda, passou a ser extraída de estômago de animais adultos. [...] essa prática está atrelada à indústria da Vitela, das mais combatidas não só entre os vegetarianos, mas também pela comunidade ambientalista [...] As indústrias de queijos que produzem o alimento usando coalhos animais fazem verdadeiras crueldades com os animais. 1. Atualmente uma vaca produz duas vezes mais leite do que a sua natureza permitiria. São tratadas como máquinas: não tomam sol, não amamenta seus filhotes, recebem doses de hormônios, sofrem dor e algumas até infecções; 2. A vitela, muitas vezes usada no coalho animal, é um alimento que vem de muito sofrimento do bezerro macho, que desde o primeiro dia de vida, é afastado da mãe e trancado num compartimento sem espaço para se movimentar. O mercado de vitelas nasceu como subproduto da indústria de laticínios que não aproveitava grande parte dos bezerros nascidos das vacas leiteiras; 3. Outros azarados são os porcos, também usados nos coalhos animais. Eles não tem espaço nem para deitar confortavelmente. São confinados do nascimento ao abate. As gestantes são forçadas a parir atadas a uma fivela, apertadas na baia. O abate é parecido com o de bovinos, com a diferença que o atordoamento é feito com choque elétrico na cabeça e que o animal é jogado num tanque de água fervendo após o sangramento, para facilitar a retirada da pele; 4. Ao invés de prevenir a osteoporose (como se acredita), o leite e seus derivados podem, na verdade, contribuir para causá-la, já que sua carga excessiva de proteínas contribui para a perda da massa óssea. Em todo o mundo, os países que mais consomem leite e derivados são os países em que se observa maior índice de osteoporose. (http://vegetarianismoveganismo.blogs.sapo.pt/442980.html).
A substituição do queijo de origem animal para de origem vegetal estava quase totalmente resolvido, agora um novo desafio estava por vir: Almoço no trabalho.
Go Vegan!!!
os dados/informações descritos neste post são apenas uma introdução, não tendo bases científicas ou profissionais. Torna-se importante o estudo aprofundado e a consulta de profissionais para maior conhecimento.
Créditos
Texto - Luiz no Mundo Vegano
Revisão - Lou

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